quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

INÁCIO JOSÉ DE ALVARENGA PEIXOTO - 274 ANOS.












Biografia de Alvarenga Peixoto

Por Dilva Frazão
Alvarenga Peixoto (1744-1792) foi um poeta do Brasil Colônia. Foi jurista e ouvidor. Fez parte dos poetas que viveram em Minas Gerais e se destacaram pelo estilo poético denominado Arcadismo.
Inácio José de Alvarenga Peixoto (1744-1792) nasceu no Rio de Janeiro, em 1744. Filho do português Simião de Alvarenga Braga e da brasileira Ângela Micaela da Cunha Peixoto, iniciou seus estudos no colégio dos Jesuítas em sua cidade natal. Com nove anos mudou-se para a cidade de Braga, Portugal, onde concluiu o curso secundário. Seguiu para Coimbra, onde estudou Direito, formando-se em 1769.
Em Portugal exerceu a magistratura na Vila de Sintra, onde permaneceu até 1772. Nessa época escreve um poema em louvor ao Marquês de Pombal. De volta ao Brasil, em 1776, fixou residência em São João Del Rei, em Minas Gerais. Em 1781 casou-se com Bárbara Heliodora, com quem teve quatro filhos.
Foi nomeado Ouvidor da Comarca do Rio das Mortes, em Minas Gerais, cargo que logo abandonou para se dedicar à mineração, numa época em que Minas Gerais vivia a febre do ouro e dos diamantes. Em 1785 foi nomeado coronel do Primeiro Regimento de Cavalaria da Campanha do Rio Verde, pelo governador da capitania de Minas Gerais, Luís da Cunha Menezes.
Alvarenga Peixoto dedicou-se à composição poética. Nessa época, além de inserir em seus versos elementos da realidade brasileira, os poetas faziam referência também a ninfas, deuses, pastores e rebanho de gado – elementos típicos do Arcadismo europeu. Encontram-se também referências à mineração e às paisagens mineiras.
Alvarenga Peixoto além de se dedicar à poesia, não deixava de discutir as questões políticas da época e se envolveu com a Inconfidência Mineira. A ele se atribui a bandeira dos inconfidentes, com o verso de Virgílio, “Libertas quae sera Tamen” (A Liberdade ainda que tardia), palavras que serviram de lema à Inconfidência. O movimento fracassou e Alvarenga foi preso na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro e depois deportado para Luanda, Angola, em 1792.
Devido ao confisco de seus bens, muitas de suas obras se perderam. A obra do poeta consta de 33 composições, sendo vinte e cinco sonetos de caráter laudatório - dedicados a exaltar uma figura ou um fato público - como a “Ode à Rainha D. Maria I”, monarca de Portugal. Alguns de seus sonetos refletem o encarceramento, caracterizados pela profunda amargura que lhe atingiu a condenação. Outros se revestem de tom confessional e triste, em consequência da separação familiar. Entre eles destacam-se: “A Dona Bárbara Heliodora”, “Estela e Nise”, “A Maria Efigênia” (sua filha), “A Aléia”, “A Lástima” e “A Saudade”.
Alvarenga Peixoto faleceu em Angola, na África, em 1772, dois meses após sua prisão.

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