segunda-feira, 25 de abril de 2016

OS ESPÍRITOS VOAM OU VILITAM?

OS ESPÍRITOS VOAM OU VOLITAM? 

A Volição e o Poder da Vontade - espírito Atanagildo

Pergunta: - Através da literatura mediúnica, sabemos que certos espíritos desencarnados têm facilidade de se transportar de um local para outro, utilizando-se de uma faculdade que lhes permite uma espécie de vôo, à qual se dá o nome de "volição", ao passo que outros, não possuindo essa faculdade, só podem se locomover como pedestres. Por que motivo estes não podem gozar da faculdade daqueles?

Atanagildo: - De fato é assim, visto que a força mental acumulada inteligentemente é que promove o êxito na volição. Como poderá se transportar a longas distâncias, por meio da força de vontade, criadora do poder mental, aquele que na matéria ainda não possuía força de vontade suficiente nem para abandonar pequenos vícios?

Pergunta: - Então, só os espíritos superiores é que conseguem volitar?

Atanagildo: - Como disse, a volição é conquista dos que desenvolvem o seu poder mental; assim, é óbvio que, quem o possuir, mesmo quando desviado do Bem, pode volitar depois de desencarnado. No entanto, uma coisa é poder volitar e outra coisa ter permissão para volitar, pois aqueles que se aviltam no mundo, embora possuam força mental desenvolvida e inteligência bastante, terão que se situar em zonas densas e de baixas condições vibratórias. Em conseqüência, mesmo que sejam capazes de volitar, a Lei os conservará presos ao solo ou, então, mal poderão ensaiar alguns arremedos de vôo a distância, porque as suas condições vibratórias não permitirão que passem daí. Não podeis comparar os vôos curtos das aves domésticas, presas ao solo, com o vôo incomparável dos pássaros que cortam o espaço!

Pergunta: - Podeis nos dar uma idéia mais clara de como se processa o fenômeno da volição?

Atanagildo: - A volição se baseia principalmente na ação dinâmica da vontade atuando sobre a energia mental, que então serve de sustentação para que o perispírito possa se conduzir através do Espaço. Servindo-me de minha vontade coesa e disciplinada, que me permite governar a mente para conservar-me em vôo seguro, posso alcançar os objetivos e pontos desejados, como se fora possuído da leveza do pássaro a voar sob um céu de arminho irisado. É certo que o faço na conformidade do meu tipo espiritual e, por isso, não posso me afastar do círculo traçado pelas minhas condições vibratórias siderais.
Pergunta: - Não podemos deixar de nos emocionar ante a constatação dessa possibilidade de o espírito voar liberto das peias do solo físico!

Atanagildo: - Sei que isso vos entusiasma; noto-vos a sensação eufórica e a respiração excitada, ante este quadro atrativo que vos apresento. Como ser-vos-á delicioso volitar no Espaço, após a vossa desencarnação, livres das preocupações com duplicatas, dentistas, armazéns, aluguel de casa ou impostos! Que júbilo ouvir a música das esferas, sentir o perfume embriagador das flores paradisíacas e apreciar a policromia de paisagens encantadoras!São revelações que vos arrebatam a estados celestiais, de repouso e contemplatividade; sonhos que realmente vivem no subjetivismo de vossa memória etérica e repontam emotivamente, embora ainda permaneçais reclusos na carne terrena! O espírito encarnado é um viajante que deixou a sua pátria celestial e, mesmo quando ignora essa circunstância, costuma rever fugazmente alguns fragmentos do panorama sublime que o aguarda no futuro, assim como conserva no íntimo a recordação do seu verdadeiro lar celestial.

E essas recordações se avivam quando alguém vos associa mentalmente às paisagens cerúleas dos planos superiores, como agora acontece convosco. O que importa, porém, não é conhecerdes a natureza dos cenários edênicos, com suas sublimidades, mas tudo fazerdes para habitá-los, o que só se consegue através de uma vida digna e liberta das paixões tumultuosas, que intoxicam o perispírito e o impedem de desferir seu alto vôo ardentemente sonhado. Que vale sonhar com os ciprestes do Líbano, os lagos da Itália ou a majestade dos Andes, se nada fazemos para conhecê-los pessoalmente?

Pergunta: - O desenvolvimento da vontade, para o êxito da volição, no Espaço, deve começar quando ainda estamos encarnados?

Atanagildo: - As seqüências naturais e milenárias da vida- humana, no plano físico, sempre terminam desatando na alma as energias mentais adormecidas pela ociosidade espiritual. A existência planetária é uma perfeita e incessante "iniciação", em que o discípulo é submetido a uma multiplicidade de provas e práticas que o experimentam e melhoram a sua graduação. Entretanto, se a alma for preguiçosa, carecerá de milhões de anos para chegar a um estado de perfeição que lhe permita gozar da união com Deus. Existem seres (por exemplo, os iogas) que, pela auto-realização, abreviam de alguns séculos certas experimentações que lhes exigiriam longo tempo sob a letargia passiva da Lei do Carma.

Eles dinamizam a sua vontade, purificam o coração e extinguem a atribulação pela vida ilusória da matéria, até conseguirem ingressar na "corrente cósmica", que então os aproveita como novos condutores de almas e prepostos criadores no seio da vida sideral.

É óbvio, pois, que, se a vontade for desenvolvida por meio de algum salutar treinamento disciplinado, que desperte as forças internas e vos permita melhor domínio sobre o meio ilusório, a volição, no
Além, ser-vos-á uma conquista indescritível pelos vocábulos humanos. No entanto, assim como o balão não ascensiona se estiver preso pelas amarras ao solo, também não podereis lograr êxito, de início, na volição, se partirdes do mundo terreno algemados às forças tirânicas das paixões e das sensações inferiores.

Fonte - A Sobrevivência do Espírito, psicografia Hercílio Maes, espírito Ramatís e Atanagildo

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