sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O TERMO "ESPIRITA KARDECISTA" NÃO É UMA REDUNDANCIA?

O termo "Espírita Kardecista" não é uma REDUNDÂNCIA ?

É muito comum encontrarmos afirmações do tipo: Espírita Kardecista, Kardecismo. Isto cada vez mais,  vai se tornando natural no meio Espírita em palestras, jornais e revistas.
Porem o que me chamou a atenção foi o artigo da  jornalista Renata Saraiva no Jornal Valor de 15 de  dezembro de 2000, no seu artigo “Loucura e espiritismo no Brasil” a chamada é a seguinte: “Historiadora estuda como a psiquiatria tratou o Kardecismo no início do século”.O artigo trata da tese de doutorado da historiadora da Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP Angélica Silva de Almeida “A Loucura Espírita no Brasil”.Percebam que o termo Kardecismo foi utilizado como sinônimo de Espiritismo, demonstrando que a confusão iniciada no meio espírita começa a atingir também a mídia. Isto é tudo que alguns inimigos da Doutrina Espírita querem, pois ela deixaria de ser a revelação dada por uma plêiade de espíritos liderados pelo Espírito da Verdade para ficar resumida em uma única pessoa.
Antigamente falava-se em espiritismo de mesa branca, espírita de mesa branca e a mesa branca foi substituída por Kardecismo ou Kardecista, alguns centros chegam a incluir em sua denominação Centro Espírita Kardecista.
Entre os espíritas ainda predomina o aprendizado verbal ouve-se alguém dizer acha-se bonito e vai se repetindo, sem  parar para refletir se isto condiz com o que aprendemos, apenas como exemplo já perceberam como o termo karma  foi incorporado ao linguajar de alguns “espíritas”.
O que mais ouvimos é que a leitura do Livro dos Espíritos é muito difícil, por isto esta verdadeira enxurrada de romances, muitos deles com erros graves em relação à Doutrina e são vendidos dentro da própria casa espírita, basta se dizer que o livro é psicografado para se tornar uma obra espírita, mas esta é uma história que fica para uma outra vez.
Para explicar porque não sou espírita Kardecista, chamo em minha defesa o Sr. Allan Kardec, que sem duvida era o bom senso encarnado e que já imaginando as distorções que poderiam ocorrer fez questão de deixar bem claro logo no  primeiro parágrafo da introdução do Livro dos Espíritos o seguinte: “Para se designarem coisas novas são precisos termos novos.
Assim exige a clareza da linguagem para evitar confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras”; e mais  a frente estabelece “Os adeptos do Espiritismo serão, Espíritas ou se quiserem Espiritistas.
Recorro agora a equipe de espíritos responsáveis pelo Livro dos Espíritos, vamos aos prolegômenos deste livro,  que nos  dizem: “Este livro é o repositório de seus ensinos, foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional.
Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e  a distribuição metódica das matérias, assim como as nota e a forma de algumas partes da redação constituem obra d’aquele que recebeu a missão de os publicar”.
Portanto a simples leitura da Introdução e dos Prolegômenos, do Livro dos Espíritos já bastaria para que não criássemos termos novos para definir o que já está definido e muito bem definido.
Seria interessante ainda aos que se dizem espiritas Kardecista lerem o Capitulo I de A Gênese que trata do Caráter da Revelação Espirita, em especial o item 45 que aqui reproduzimos  “A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira não a tem em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância.
Ela é coletiva no sentido de não ser feita ou dada como privilégio de  pessoa alguma; ninguém,  por conseqüência, pode inculcar-se como  seu profeta exclusivo; foi espalhada simultaneamente, por  sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, desde a mais baixa até a mais alta da escala, conforme, esta predição registrada pelo autor dos Atos dos Apóstolos:’Nos últimos tempos, disse o Senhor, derramarei o meu espírito sobre toda a carne; os vossos filhos e filhas profetizarão, os mancebos terão visões, e os velhos, sonhos”.(Atos, cap. II vv. 17,18.) Ela não proveio de nenhum culto especial, a fim de servir um dia, a todos, de ponto de ligação.Com base neste item Kardec faz uma nota  explicando o seu papel “neste grande movimento de idéias”.
Neste mesmo livro no Cap. XVII, Predições do Evangelho item 40, podemos ler: “Não é uma doutrina individual, uma concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador.
É o produto do ensino coletivo dos espíritos, ao qual preside o Espírito de Verdade “. E  no rodapé da pagina joga uma pá de cal sobre este assunto, escrevendo o seguinte: ”Todas as doutrinas filosóficas e religiosas trazem o nome da individualidade fundadora: o mosaismo, o cristianismo, o maometismo, o budismo, o cartesianismo, o furierismo, san-sinomismo, etc.
A palavra Espiritismo ao contrário, não lembra nenhuma personalidade, ela encerra uma idéia geral, que indica, ao mesmo tempo, o caráter e a fonte múltipla da doutrina”.
Portanto baseado em tudo que aprendi  até agora, sou Espírita e ponto final.
Wladisney Lopes da Costa
Cláudio Schiav

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