quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

OBSERVATÓRIO DA LÍNGUA CRIA BIBLIOTECA DIGITAL SOBRE CIDADANIA.

Observatório da Língua cria biblioteca digital sobre cidadania

dnoticias.pt - 06/11/2015

O Observatório da Língua Portuguesa criou uma biblioteca de livros digitais, sobre cidadania e direitos humanos, destinada sobretudo a crianças e jovens, capitalizando as competências deles no mundo digital.

A biblioteca digital, que está já online e é de acesso livre, foi apresentada hoje em Lisboa por Pedro Lourtie, daquele observatório, e pela escritora Isabel Alçada, na conferência internacional do Plano Nacional de Leitura.

Este projecto "pretende ir ao encontro da apetência natural que os mais novos têm por estes recursos [tecnológicos]. Uma das formas de tornar a leitura um prazer, mesmo para os mais avessos, é o recurso digital", explicou Isabel Alçada na apresentação.

Por enquanto a biblioteca tem 15 livros, alguns álbuns ilustrados, em formato digital, repartidos para diferentes grupos etários, e cujas narrativas abordam temas como igualdade de género, tolerância, racismo e xenofobia.

Cada livro tem associado o respectivo audio-livro, a contracapa apresenta os temas abordados e são ainda sugeridas propostas de actividades para professores e educadores.

O portal inclui ainda depoimentos dos escritores que cederam os direitos das obras escolhidas para integrarem esta biblioteca digital.

Entre os livros já disponibilizados estão, por exemplo, "Meninos de todas as cores", de Luísa Ducla Soares, "Os amores de Lelé e Capilé", de Carlos Correia, "As rainhas magas", de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, "Campos de lágrimas", de José Jorge Letria, e "Se só houvesse uma letra", de Inês Pupo.

Isabel Alçada elogiou o trabalho que tem sido feito pelas bibliotecas públicas e pelas bibliotecas escolares na promoção do livro e da leitura entre os mais novos, aproveitando todos os recursos tecnológicos disponíveis.

Em contexto familiar, "os adultos também podem orientar as apetências digitais das crianças para domínios formativos e de leitura", disse a escritora e ex-ministra da Educação.

De acordo com Pedro Lourtie, esta biblioteca digital foi desenvolvida com recursos públicos provenientes da Noruega, da Islândia e do Liechtenstein, através do Programa Cidadania Ativa.

A biblioteca está disponível na página bibliotecalivrosdigitais.observalinguaportuguesa.org, associada ao Observatório da Língua Portuguesa.

Em 2013, um estudo desenvolvido pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, com base num inquérito feito em 16 países, incluindo Portugal, demonstrava que a leitura de livros em formato digital não substituiu a dos livros em papel, mas que existem mudanças por causa da Internet.

O estudo incidia sobre o que significa ler na actualidade e como é que os utilizadores de Internet leem em papel e em digital.

No caso de Portugal, apenas dez por cento dos inquiridos disseram ter lido mais de oito livros em formato digital ao longo do último ano, quando a amostra global do inquérito se situou nos 30 por cento.

O inquérito internacional permitiu concluir que a leitura em digital, em múltiplos suportes -- telemóveis, 'tablets', computadores - coexiste com a leitura em papel e que o objecto de leitura inclui, além de livros e jornais, textos em blogues, correio eletrónico ou mensagens partilhadas em redes sociais.

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