sábado, 15 de fevereiro de 2014

RE-INVENTANDO A ESCOLA.

Re-inventando a escola

Começa a tomar força nos dias atuais a ideia de que, para dar conta das demandas e necessidades de uma sociedade democrática, inclusiva, permeada pelas diferenças e pautada no conhecimento inter, multi e transdisciplinar, como a que vivemos neste início de século XXI, é necessário reinventar a escola.
Esse processo de reinvenção, no entanto, precisa estar atento à tradição e à conservação, pois tais características são partes essenciais da missão social da Educação; de conservar, transmitir e enriquecer o patrimônio cultural e científico da humanidade.
O que movimentos acadêmico-científicos atentos aos processos de reinvenção da Educação vêm entendendo, sem cair na tentação da simplificação, é que as mudanças necessárias para a construção de um novo modelo educativo e de ciência precisam considerar dimensões complementares de conteúdo, de forma e de mudança nas relações entre docentes e discentes.
Do ponto de vista do conteúdo, deve-se ressaltar que esses “novos” processos educativos devem objetivar trazer a dimensão ética e de responsabilidade social para os programas da Educação Básica. Isso é essencial para o convívio com as diferenças nas salas de aula e na sociedade.
Quanto ao aspecto da forma, significa repensar os tempos, espaços e relações nas instituições de ensino, incorporando, também, as transformações radicais pelo qual vem passando o acesso à informação e ao conhecimento decorrentes das revoluções tecnológicas recentes, atreladas aos processos de democratização da sociedade contemporânea anteriormente discutidos.
O que configura a terceira dimensão de sustentação da reinvenção da escola são as relações entre docentes e estudantes. Nesse sentido, a relação ensino-aprendizagem deve sofrer uma inversão, deixando tal processo de centrar-se no ensino para centralizar na aprendizagem e no protagonismo do sujeito da Educação (novamente, sem estabelecer dicotomias).
Metodologias Ativas de Aprendizagem são o cerne dessa perspectiva, e a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é umas das formas que vem se adequando a esse novo papel. O ABP é uma estratégia pedagógica que apresenta aos estudantes situações significativas e contextualizadas no mundo real. Ao docente, mediador do processo de aprendizagem compete proporcionar recursos, orientação e instrução aos estudantes, à medida que eles desenvolvem seus conhecimentos e habilidades na resolução de problemas[1].
Esse modelo pedagógico é uma das abordagens inovadoras surgidas nos últimos anos. A proposta de Resolução de Problemas adota como princípio o papel ativo dos estudantes na construção do conhecimento. Trabalhando em pequenos grupos e coletivamente, os alunos devem pesquisar e resolver problemas complexos, relacionados à realidade do mundo em que vivem.
Assim, entendemos que a adoção da Aprendizagem Baseada em Problemas pelas instituições educativas, articulada com novas e diversas Tecnologias de Informação e Comunicação e com a preocupação com a ética pessoal e profissional, configura-se como uma ferramenta poderosa para formar as novas gerações nas condições exigidas por sociedades que buscam se estruturar em torno de conhecimentos sólidos e profundos, visando a inovação, a transformação da realidade e a construção da justiça social.
Prof. Dr. Ulisses F. Araújo
Universidade de São Paulo

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