sábado, 12 de outubro de 2013

MAIS UMA ÓTIMA DE FERNANDO BAPTISTA.

Aproveite e leia também: “A doença como dádiva para a evolução” acessando:


Dos relacionamentos causadores de dependência aos relacionamentos iluminados
Por Eckhart Tolle
Pode-se transformar um relacionamento causador de dependência num relacionamento verdadeiro?
Pode, sim. Estando presente e intensificando a tua presença levando a atenção ainda mais profundamente para dentro do Agora: estejas ou não a viver sozinho ou com um companheiro, isso continua a ser a chave. Para o amor florescer, a luz da tua presença precisa de ser suficientemente forte para que deixes de ser conduzido pelo pensador ou pelo corpo de dor confundindo-os com quem és.
Conhecer-te a ti próprio como o Ser por debaixo do pensador, a quietude por debaixo do ruído mental, o amor e a alegria por debaixo do sofrimento, é libertação, salvação, iluminação. Deixares de te identificar com o corpo de dor é trazeres presença para dentro do sofrimento e desse modo transmutá-lo. Deixares de te identificar com o pensador é seres o observador silencioso dos teus pensamentos e comportamentos, especialmente dos padrões repetitivos da tua mente e dos papeis desempenhados pelo ego.
Se deixares de revesti-la com um "sentimento de Eu”, a mente perderá a sua qualidade compulsiva, que é basicamente compulsão para julgar e daí para resistir ao que é, criando conflitos, dramas e novos sofrimentos. De fato, no momento em que cessares o julgamento, através da aceitação do que é, ver-te-ás livre da mente.
Farás espaço para o amor, para a alegria, para a paz. Primeiro deixarás de te julgar a ti próprio, depois deixarás de julgar o teu parceiro.
O maior catalisador da mudança num relacionamento é a aceitação total do parceiro tal como ele é, sem necessidade de julgá-lo ou de mudá-lo seja de que maneira for. Isso te levará imediatamente para além do ego. Acabarão então todos os jogos da mente e todos os apegos causadores de dependência. Deixará de haver vítimas e perpetradores, acusadores e acusados. Será igualmente o fim de toda a co-dependência, de se ser atraído para dentro do padrão inconsciente da outra pessoa e por esse meio permitir a sua continuação. Então ambos poderão ou separar-se - com amor - ou entrar juntos ainda mais profundamente no Agora - no Ser. Poderá ser assim tão simples? Sim, é assim tão simples.
O amor é um estado do Ser. O teu amor não e exterior, está bem fundo dentro de ti. Nunca o poderás perder, e ele não te poderá deixar. Não depende de qualquer outro corpo, de qualquer forma exterior. Na quietude da tua presença, poderás sentir a tua própria realidade intemporal e sem forma como a vida não manifestada que anima a tua forma física. Poderás então sentir a mesma vida bem fundo dentro de todos os outros seres humanos e de todas as outras criaturas. Olharás para além do véu da forma e da separação. É isto a realização da unicidade. É isto o amor.
O que é Deus? A eterna Vida Única por debaixo de todas as formas de vida. O que é o amor? É sentir a presença dessa Vida Única dentro de ti próprio e dentro de todas as criaturas. É ser isso. Por conseguinte, todo o amor é o amor de Deus.
O amor não e seletivo, da mesma maneira que a luz do Sol não é seletiva. Não torna ninguém especial. Não e exclusivo. A exclusividade não é o amor de Deus, mas sim o “amor” do ego. No entanto, a intensidade com que o verdadeiro amor é sentido pode variar.
Poderá haver uma pessoa que te dê o reflexo do teu amor mais claramente e mais intensamente do que outras e, se essa pessoa sentir a mesma coisa por ti, poderá dizer-se que te encontras num relacionamento de amor com ela. O laço que vos liga é o mesmo laço que te liga à pessoa que se senta ao teu lado num autocarro, ou a um passarinho, a uma árvore, a uma flor. Só difere o grau da intensidade com que é sentido.
Mesmo num outro tipo de relacionamento causador de dependência, poderá haver momentos em que alguma coisa de mais real brilha através dele, alguma coisa para além das nossas necessidades mútuas de dependência. São momentos em que a tua mente e a do teu companheiro esmaecem por breves instantes e o corpo de dor fica temporariamente no seu estado dormente. Poderá acontecer por vezes durante a intimidade física, ou quando ambos testemunham o milagre do nascimento, ou na presença da morte, ou quando um está gravemente doente qualquer coisa que deixe a mente impotente. Quando isso acontece, o teu Ser, que geralmente está enterrado por debaixo da mente, revela-se e é isso que toma possível a verdadeira comunicação.
A comunicação verdadeira é uma comunhão - uma realização da unicidade, que e o amor. Geralmente, perde-se rapidamente de novo, a não ser que sejas capaz de estar suficientemente presente para continuares fora da mente e dos seus velhos padrões. Assim que a mente e a identificação com a mente estiverem de volta, deixarás de ser tu próprio e passarás a ser uma imagem mental de ti próprio, e recomeçarás com os jogos e a representação de papéis a fim de satisfazeres as necessidades do teu ego. És novamente uma mente humana, que finge ser um humano que interage com uma outra mente, que representa um drama chamado ”amor”.
Embora sendo possíveis breves vislumbres, o amor não pode florescer a não ser que tu estejas permanentemente livre da identificação com a mente e a tua presença seja suficientemente intensa para desfazeres o corpo de dor - ou possas pelo menos continuar presente como observador. O corpo de dor não poderá então tomar conta de ti e tornar-se assim destruidor do amor.
Por Eckhart Tolle em O Poder do Agora - Editora Pergaminho, 2001
Fernando



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