sexta-feira, 9 de agosto de 2013

MARIA MARTINS

Arquivo da tag: Maria Martins
·         PARA FALAR DE MARIA
Por Cosac Naify
Sexta-feira, 28 maio, 2010, às 11:46
Na última terça-feira, dia 25, o editor Charles Cosac, a historiadora de arte inglesa Dawn Ades e o crítico Paulo Venancio Filho se reuniram para falar sobre a escultora Maria Martins no lançamento do livro Maria. O evento aconteceu no Teatro Eva Herz da Livraria Cultura, em São Paulo, com a presença de artistas, galeristas, jornalistas e pessoas interessadas em conhecer melhor a artista brasileira.

No vídeo abaixo, produzido pela equipe da Livraria Cultura, você assiste ao trecho em que Charles Cosac, organizador do livro, comenta o trabalho de pesquisa que redescobriu as obras da artista, fotografadas por Vicente de Mello – é a primeira vez que a Cosac Naify convida um único fotógrafo para registrar toda a obra de um artista

Por Cosac Naify
Quarta-feira, 19 maio, 2010, às 18:08
A Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, já está preparada para o lançamento de Maria, livro único que reúne a obra da escultora brasileira, musa dos surrealistas franceses, Maria Martins (1894-1973).
As portas de vidro da entrada da livraria estão inteiramente revestidas por adesivos que ilustram O impossível III (1946), considerada uma das esculturas mais importantes da artista. O projeto gráfico é de Julia Masagão.



O impossivel lll (1946), obra de Maria Martins. Acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York - MoMA. Foto: Vicente de Mello


Quando conheceu as esculturas da brasileira Maria Martins (1894-1973) na mostra
 Amazonia, em 1943, em Nova York, André Breton disse: “Maria conseguiu de modo maravilhoso capturar em sua fonte primitiva não apenas a angústia, a tentação e a febre, mas também a aurora, a felicidade, a calma, e mesmo às vezes o puro deleite”. Foi graças a Breton que ela passou a frequentar o círculo de surrealistas europeus que se refugiaram em Nova York durante a Segunda Guerra. Entre eles, Marcel Duchamp, “o único de sua geração que não está disposto a envelhecer”. No final da década de 40, Maria era considerada uma das mais importantes escultoras surrealistas daquela época e a aproximação ao artista francês deixou marcas profundas na obra de um e de outro. Segundo Charles Cosac, organizador de Maria livro sobre o qual já falamos neste blog –, a verdade é que Duchamp foi quem sofreu ainda mais o impacto da convivência amorosa com a artista.
Entre 1944 e 1949, mesmo período em que se relacionava com Duchamp, Maria concluiu versões de uma grande escultura que se tornou sua obra mais conhecida, L’Impossible III [O impossível], na qual uma figura masculina e outra feminina travam um confronto que parece eterno, estabelecendo uma forte polaridade sexual. “É impossível fazer com que as pessoas se entendam”, disse Maria a um repórter da revista Time ao comentar a obra. “A arte é a resistência do mundo, e no final a vitória será nossa”, concluiu na mesma reportagem. A declaração – que revela a postura adotada por toda sua vida de artista – vai diretamente ao encontro das ideias adotadas por Duchamp.
Em 1946, Duchamp começa os trabalhos para Étant donnés [Dados], instalação de grandes proporções que teve Maria como modelo e elemento central. Dedicou-se à obra por vinte anos, tempo em que não a mostrou a ninguém a não ser a ela. Étant donnés só foi exposta após a morte do autor, em 1968. Em cartas a Maria, Duchamp revela pensamentos sobre sua obra e sentimentos que, segundo o biógrafo Calvin Tomkins, ele não revelaria a outra. Junto com uma das cartas, em 1949, enviou à musa o molde de argila feito com gesso sobre o qual trabalhava oito horas por dia, em busca do aspecto da pele feminina.
Por esta e outras passagens, é possível confirmar que, para além da posição de embaixatriz, esposa de Carlos Martins, ou amante de Duchamp, Maria foi uma artista original, de poética própria, e capaz de chegar ao núcleo de questões da arte. Foi uma artista sintonizada com o que mais havia de contemporâneo em sua época. Maria, o mais completo levantamento de obras e textos sobre a escultora brasileira (ainda pouco reconhecida no país), comprova a tese.
Com textos de Francis M. Naumann, Dawn Ades, José Resende e Veronica Stigger, a edição traz ensaio fotográfico do carioca Vicente de Mello, que percorreu cidades no Brasil e no exterior em busca das peças da artista. Chega às livrarias em duas versões: em volume único e em edição de colecionador.
Cosac e Vicente estarão presentes nos eventos de lançamento de Maria, ao lado do crítico Paulo Venancio filho, autor do prefácio à edição brasileira da biografia de Duchamp, e da historiadora de arte Dawn Ades, diretora da da University of Essex Collection of Latin American Art (UECLAA). Confira a programação aqui. Estão todos convidados!
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·         UMA SURREALISTA ENTRE NÓS
Por Cosac Naify
Sexta-feira, 14 maio, 2010, às 12:51

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