sexta-feira, 9 de agosto de 2013

CASA VOGUE HOMENAGEIA MARIA MARTINS. 40 ANOS SEM ELA.

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Mostras&Expos - 06h00 - Atualizado as 11h57

40 anos sem Maria Martins

Artista ganha retrospectiva no MAM-SP

04/06/2013 | POR ANGÉLICA DE MORAES
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  (Foto: reprodução)
Maria gostava de ser apenas Maria e era assim que assinava suas obras. Afirmava-se pelo avesso do destino de recatada moça de família. Escultora de talento reconhecido nos anos 1940 pelo crítico francês André Breton, que a integrou ao movimento surrealista (liderado por ele), Maria Martins (1894-1973) participou ativamente da criação da Fundação Bienal de São Paulo, expôs em locais de prestígio na Europa e nos Estados Unidos e tem obras no acervo do MoMA, entre outros.
Com vida amorosa turbulenta, o fato de ser esposa do embaixador do Brasil em Washington não a impediu de viver calientes temporadas em Nova York, onde namorou o pintor holandês Piet Mondrian e teve longo love affair com o artista francês Marcel Duchamp. Este a fez protagonista de sua obra Étant donnés (1944-1964), pedra de toque da arte contemporânea e fonte de percepções simbólicas.
Nascida Maria de Lourdes Alves, em Campanha, MG, e filha de senador, foi alfabetizada em francês no Colégio Sion. Casou-se aos 21 anos, no Rio de Janeiro, com alto funcionário público federal. Uma década depois, porém, jogou às urtigas o casamento, o preconceito da época com as desquitadas e voou para Paris, para assumir ligação amorosa com o diplomata brasileiro Carlos Martins.
  (Foto: Vicente de Mello / Cosac Naify )
O prestígio de Maria no exterior só vem aumentando. Ela produziu uma obra concisa em quantidade, embora poderosa na utilização de mitos ancestrais e formas sinuosas, primais, que remetem tanto à Amazônia quanto aos conflitos amorosos. Maria teve sala especial na última Documenta de Kassel (Alemanha, 2012), principal mostra de artes visuais do mundo. Nessa sala, pontificava O Impossível (1946), mais famoso bronze da autora.
A raiz surrealista não encontrou terreno fértil no Brasil, sufocada pela hegemonia das linguagens abstratas. A volta de Maria para o Rio, nos anos 1950, foi marcada por certa animosidade da crítica. Nem as marcantes participações dela na Bienal de São Paulo conseguiram reparar isso. Tarefa de justiça histórica que será retomada pela retrospectivaMaria Martins: Metamorfoses, no MAM-SP, com curadoria de Veronica Stigger e prevista para estar em cartaz de 11 de julho a 15 de setembro.
Veronica conta que dividiu o espaço em cinco núcleos, segundo a evolução das formas escultóricas que observou na produção da artista. No total, são mais de 80 peças, com destaque para os 30 bronzes e o conjunto inédito de cerâmicas esmaltadas, descoberta recente da jovem curadora, que fez de Maria o foco de estudos de seu doutorado e pós-doutorado em artes na USP.

Maria Martins: Metamorfoses
Local: MAM-SP
Endereço: Parque Do Ibirapuera, s/nº (Próximo ao Portão 3) – São Paulo
Data: de 11 de julho a 15 de setembro 
* Matéria publicada em Casa Vogue #334 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)
  (Foto: Vicente de Mello / Cosac Naify )

  (Foto: Cristiana Isidoro )

  (Foto: Jaime Acioli )

  (Foto: Jaime Acioli )

  (Foto: Cristiana Isidoro )

  (Foto: Vicente de Mello / Cosac Naify )

  (Foto: Vicente de Mello / Cosac Naify )

  (Foto: Vicente de Mello / Cosac Naify )

  (Foto: Vicente de Mello / Cosac Naify )

  (Foto: John Rawlings )

Um comentário:

  1. Zé Milton, quanta coisa linda e essa mulher nasceu em Campanha, mas ninguém sabe disso? O que é isso? Campanha sempre surpreendente! Ana Maria Carvalho

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