terça-feira, 25 de outubro de 2011

BIOGRAFIA DE MARIA MARTINS

Conforme prometido, fiquei de publicar aqui neste blog, as biografias dos filhos ilustres da Campanha, homenageados por ocasião dos 274 anos de nossa cidade. Este trabalho foi realizado pelos alunos do Colégio Dom Othon Motta, a quem agradecemos a colaboração.

Maria Martins:
Escultora e escritora, Maria de Lourdes Martins Pereira de Souza nasceu na cidade da Campanha (MG) em 07 de agosto de 1894. Era filha do ministro João Luiz Alves e foi educada no Colégio Sion. Casou-se com o embaixador Carlos Martins Pereira de Souza, com quem viveu longos anos no exterior. Dedicou-se a escultura, trabalhando inicialmente em madeira, terracota e cerâmica, dominando, com o tempo, outros materiais como o mármore e o bronze.
Foi a única artista plástica brasileira a se envolver no surrealismo parisiense. Estudou em Nova Iorque e lá se introduziu no círculo de artistas europeus ligados ao surrealismo como Marcel Duchamp com quem teve um intenso relacionamento amoroso. Integrou o grupo de fundadores do museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Suas obras alcançaram reconhecimento internacional e suas esculturas encontram-se nos mais importantes museus e coleções particulares. Faleceu em 1973. Fonte: site Descubracampanha.

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Maria Martins

Maria de Lourdes Martins Pereira de Souza nasceu na cidade da Campanha (MG) em 1894. Ainda menina, mudou-se com a família para Petrópolis (RJ), onde estudou no Colégio SION (Congregação Nossa Senhora de Sion). Casou-se com o embaixador Carlos Martins Pereira de Souza, com quem viveu longos anos no exterior.
Em 1926, no Japão, veio a se dedicar à escultura, trabalhando inicialmente em madeira, terracota e cerâmica, dominando, com o tempo, outros materiais como o mármore e o bronze. Em Bruxelas, na Bélgica, no ano de 1039, aperfeiçoou-se no atelier de Oscar Jesper. Foi a única artista plástica brasileira a se envolver no surrealismo parisiense, tendo sido incluída no livro Lê surréalisme et la peinture de André Breton, fundador deste movimento, como um dos nomes entre os grandes da arte da primeira metade do século XX. Começou a apresentar seus trabalhos em 1940 na Filadélfia (EUA), e sua primeira exposição individual foi no ano seguinte na Galeria Corcoran em Washington.
Nos anos 1950, participou da I, II e III bienais de São Paulo e integrou o Conselho Deliberativo do grupo de fundadores do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Maria Martins recebeu diversos prêmios nas inúmeras exposições coletivas e individuais que fez.
Além da escultura, Maria Martins assinou durante vários anos uma coluna no Jornal carioca Correio da Manhã, onde entrevistava personalidades de expressão. Publicou, ainda, A Índia e o Mundo Novo, A Ásia Maior - o Planeta China, Ásia Maior - Brama, Gandhi e Nehru, e escreveu sobre a vida dos poetas Rimbaud e Paul Verlaine, com os quais se identificava.
Suas obras alcançaram o reconhecimento internacional e suas esculturas encontram-se nos mais importantes museus e coleções particulares.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 27 de março de 1973.

Fonte bibliográfica: Dicionário Mulheres do Brasil - de 1500 até a atualidade - biográfico e ilustrado. Organizado por: Schuma Schumaher e Èrico Vital Brazil - Jorge Zahar Editor - Rio de Janeiro - Ed. 2000.


Maria Martins

Fonte bibliográfica: Catálogo da Galeria Jean Boghici
De 02 a 27 de Setembro de 1997.
Rua Joana Angélica, 180
Ipanema - Rio de Janeiro - RJ  22420-030
tel: 2522-4660      fax: 2547-17667

Principais dados Biográficos  - do catálogo da fonte acima citada:

1894 - Maria de Lourdes Alves nasceu na Campanha, Sul de Minas.
Seu pai João Luiz Alves lhe ensina a amar os versos de Goethe e Dante antes de aprender a ler. Estuda no Colégio de Sion em Petrópolis. Inicia estudo de piano para seguir uma carreira de concertista. Tem uma filha, Lúcia, do primeiro casamento com o historiador Otávio Tarquino de Souza.

1926 - Casa-se em paris com o diplomata  brasileiro Carlos Martins Pereira e Souza. Reside no Equador.

1930 / 1936 / 1939 - Reside em Paris, Copenhagen, Tóquio e Bruxelas. Tem duas filhas, Nora e Ana Maria. Estuda escultura com Oscar Jespers em Bruxelas.

1939 / 1948 - vive em Washington onde seu marido é nomeado embaixador do Brasil.

1941 - Exposição individual no Corcoran Gallery em Washington, D.C.

1942 - Exposição individual no Valentine Gallery em Nova Iorque.

1943 - Expõe junto com Mondrian na valentine Gallery em Nova Iorque.

1947 - Participa da exposição Lê Surréalisme em 1947, Galerie Maeght, Paris.

1948-1950 - Vive em Paris, onde seu marido é nomeado embaixador.
                      Exposição Lês statues magiques de Maria na Galerie René Drouin, Paris, 1948.

1950 - Volta ao Brasil.

1953 -  Segundo prêmio de escultura na Bienal de São Paulo.

1955 - Primeiro prêmio de Melhor Escultor Brasileiro na III Bienal de São Paulo.

1956 - Retrospectiva no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
            Representante do Brasil na Conferência Geral da UNESCO em Nova Deli.
            Viaja à China, entrevista Mão-Tse Tung e Chu Em Lai.

1958 - Publica o livro Ásia Maior, o Planeta China.

1960 - Publica o livro Ásia Maior: Brama, Gandhi e Nehru. Cria Ritmo do ritmo, uma escultura monumental para o exterior do Palácio da Alvorada, Brasília. Colabora no Correio da Manhã onde mantém a coluna “Poeira da Vida”.

1965 - Publica Deuses Malditos: Nietzsche.

1973 - Falece no Rio de Janeiro em 27 de Março de 1973.

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MARIA MARTINS (1894  - 1973)

Por Ricardo Lemos Muller  (texto publicado no Jornal Folha Campanhense)      

            Natural de Campanha, filha de João Luiz Alves, Maria de Lourdes Alves foi uma das maiores personalidades do cenário artístico cultural do século XX. Prova de seu talento, atualmente, seus trabalhos fazem parte de duas distintas exposições em duas diferentes cidades: em São Paulo, na Galeria SESI, em plena Av. Paulista, está acontecendo a apresentação de obras dos principais escultores brasileiros, do século XX. No Rio de Janeiro, o Centro Cultural Banco do Brasil está apresentando "O Surrealismo". 
            Desde cedo Maria Martins teve oportunidade de desenvolver toda potencialidade artística. Seu pai, despertou nela, mesmo antes de saber ler, o amor aos versos de Goethe e Dante. Estudou, no Colégio Sion em Petrópolis. Fez curso de piano, com o propósito de tornar-se concertista. Casou-se, pela primeira vez, com o historiador Otávio Tarquino de Souza, com quem teve uma filha, chamada  Lúcia. Em 1928, casou-se, pela segunda vez, com o diplomata Carlos Martins Pereira, com quem teve duas filhas: Nora e Ana Maria. Em função da carreira de seu marido viveu em Quito, Washington, Copenhague, Tóquio, Bruxelas, onde estudou esculturas com Oscar Jespers.
            Sua primeira exposição individual ocorreu na Concoran Galery em Washington DC. Paralelamente, o Metropolitan Museum de Nova Iorque adquiriu "São Francisco" (escultura em madeira) e o Philadelphia Museum of Art adquiriu "Iara" (escultura em bronze) para o jardim do Museu. Em 1942, Maria Martins expôs na Valentine Galery de Nova Iorque. Em 1943 expôs junto com Mondrian na Valentine Galeryem Nova Iorque. Conheceu André Breton e Marcel Duchamp provavelmente no Galeria Art of this Century da Peggy Guggenhein. Em 1947 participou da exposição Le Surrealisme na Galerie Maeght em Paris.
            Em 1950, Maria Martins retornou ao Brasil. Realizou exposições nos principais espaços culturais do Rio de Janeiro. Participou e foi premiada em bienais de São Paulo, produziu a escultura "Ritmo do Ritmo" para exposição permanente no Palácio da Alvorada, em Brasília, representou o Brasil na Conferência Geral da UNESCO, em Nova Deli, na Índia. Ela aproveitou a viagem, passando pela China e foi a primeira mulher a entrevistar o líder chinês Mao Tsé Tung. Publicou os livros: Ásia Maior - o Planeta China; Ásia Maior: Braama, Gandhi, Nehru. Colaborou com o jornal Correio da Manhã (RJ) com a coluna Poeira da Vida. Em 1965 publicou o livro Deuses Mauditos: Nietzsche.
Maria Martins faleceu em 27 de setembro de 1973, no Rio de Janeiro.
            Talento, ousadia, inquietação, são alguns dos adjetivos de uma mulher que foi capaz de viver o seu tempo. Campanha pode se orgulhar de tamanho privilégio
                                                                                

Maria Martins, mineira da Campanha
Dados Fornecidos por José Reinaldo Reis Ferreira (Berin) – Presidente da ONG Sebo Cultural – Campanha, 17 de junho de 2004.

É comum a citação de nascimento de Maria Martins (1900) em Campanha/MG, e falecimento em 1973, no Rio de Janeiro.

Fui procurar a fundamentação para a confirmação do nascimento da ilustre personagem, em nosso município.
 Estive no Cartório de Registro Civil de Giovana Vianna Arantes Reis Fonseca, em Campanha/MG obtendo a certidão que comprova a real data de nascimento de Maria Martins.

Certidão de Nascimento - Livro nº 02, nº 44, a folha 20v, do Registro de Nascimentos, encontra-se o assento de MARIA DE LOURDES, nascida a 7 (sete) de agosto de 1894(mil oitocentos e noventa e quatro) às 10h00, filha de Dr. João Luiz Alves e Fernandina de Faria Alves, sendo avós paternos João Luiz Alves e dona Bárbara Luisa Barbosa Alves e maternos Fernando Antônio de Faria e dona Maria Victoria Pereira de Faria tendo sido declarante o Pai e testemunha Dr Euclydes da Cunha e Octavio Barbosa Carneiro. O assento foi feito em 17 de agosto de 1894.

Vale destacar um item importante, nesta pesquisa, é a presença de Euclides da Cunha como testemunha do nascimento de Maria Martins.
Em 1894, Euclides da Cunha, o autor de "OS SERTÕES" chegou em Campanha por determinação do Marechal Floriano Peixoto, então na Presidência da República. Veio para dirigir, como engenheiro militar, as obras de adaptação no prédio da Santa Casa da Misericórdia local para abrigar o recém criado oitavo batalhão de Cavalaria.
Aqui recebeu expressivas homenagens e conviveu com homens de grande inteligência e cultura da cidade, como o Dr. João Luiz Alves, Promotor de Justiça, depois Juiz, Secretário de Estado, Deputado, Senador, Ministro da Justiça, Membro da Academia Brasileira de Letras e Comentarista do Código Civil Brasileiro: Dr. Leonel de Rezende Filho, Jurista, Parlamentar e Ministro do Tribunal de Contas da União; Dr. Francisco Honório Ferreira Brandão, Médico, Professor, Parlamentar e Jornalista de renome; Júlio Bueno, Professor, Jornalista e Historiador conceituado e tantos outros.
Esta convivência foi benéfica a Euclides da Cunha, que aqui exerceu grande atividade como engenheiro e jornalista, iniciando em Campanha/MG sua vocação para as letras.

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